10 novembro 2013

my dear

No meio de tanto azar, de acontecimentos inesperados e pessoas deploráveis tens sido a minha grande sorte. Não te troco, não te largo mas também não te prendo. Como se fosses um ser livre de percorrer o mundo e ainda assim, preferisses continuar nesta pequena cama aconchegado a um peito quente em noites frias.

03 novembro 2013

#portodeabrigo

enquanto as lágrimas caem e as inseguranças me consomem, refugio-me nos teus braços e nada naquele momento sabe tão bem como olhar para ti, não mencionar uma única palavra e deixar os pensamentos surgirem. pensar no quanto eu agradeço a quem te colocou no meu caminho, pensar que afinal os anjos a quem pedimos protecção nos abraçam sem pedirmos.

#details

como o tempo passa... quando estava perdida, sozinha, a tentar recomeçar uma nova página desta vez com todo o cuidado, a respeitar regras lógicas da teoria "como evitar o amor"- como se tal coisa fosse possível - apareces tu, meio sem sentido, repleto de um nada reconfortante. e com o "nada" refiro-me a intenções, a clichés e conversa já bastante previsível. pegávamos num tema, juntávamos umas quantas parvoíces e agarrávamos a conversa até a madrugada nos levar. as noites quentes de um final de Agosto repetiam-se porém o assunto se mantinha sempre inovador. ouvi-a a tua voz, o teu jeito desleixado de um miúdo que quer ser miúdo e pronto. pensava eu que tínhamos aparências completamente diferentes, e que isso era o que unia as pessoas, esses pequenos detalhes visuais em comum que realmente nós não tínhamos. quem diria que a patrícia, sempre cheia de valores no que toca à perspectiva da realidade, feita dona da razão, estava redondamente enganada. onde a visão não encontrou identificação, dois corações compreendiam-se perfeitamente.